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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Hospital de campanha era um dos primeiros negócios da máfia do Governo

Major da PM, “para ter todo mundo nas mãos dele”, gravou as negociatas. Confúcio mandou corrupto pedir desculpas a sócio de Eike Batista, o homem mais rico do Brasil.

(GRAVAÇÃO DA PF)

Copie o link e cole em seu navegador para ouvir na integra a conversa:

http://www.tudorondonia.com/noticias/hospital-de-campanha-era-um-dos-primeiros-negocios-da-mafia-do-governo,26632.shtml


Da Reportagem do TUDO RONDÔNIA


Para muitos, a medida soou como demagógica; para outros, como um ato desesperado de um governador que queria amenizar o sofrimento da população carente.

Na verdade, o tal hospital de campanha não passava de um dos primeiros esquemas criminosos engendrados pela máfia que se instalou no Governo do Estado com a posse de Confúcio Moura (PMDB).

Gravações feitas pela Polícia Federal, com autorização judicial, mostram que um dos primeiros golpes da máfia governamental foi justamente o hospital de campanha. O esquema, que renderia muito dinheiro à quadrilha, só não deu certo porque o major Maurício Marcondes Gualberto, chefe da Casa Militar do Governo de Rondônia, já havia grampeado, na ocasião, todos os envolvidos no plano.

De acordo com uma das gravações interceptadas pela PF, o major Gualberto fez as gravações com o objetivo de “ter todo mundo” do Governo (que se instalava) “em suas mãos”.

Um dos principais envolvidos no esquema criminoso era Rômulo da Silva Lopes, o linguarudo e boquirroto assessor de Confúcio Moura, que foi preso, no dia 18 de novembro, quando dormia na Casa do governador de Rondônia.

Rômulo foi incumbido pelo governador Confúcio Moura de ir ao Rio de Janeiro pedir desculpas ao empresário com quem a máfia já havia negociado a compra de equipamentos para o hospital de campanha. O empresário, segundo consta das gravações da PF, é sócio de ninguém menos do que Eike Batista, o homem mais rico do Brasil.

As interceptações da PF flagraram o afilhado de Confúcio, Rômulo, e Rafael dos Santos Costa, assessor do deputado estadual Valter Araújo (PTB), revelando como funcionaria o esquema do hospital de campanha.

O próprio Rômulo fala de uma viagem que fez ao Rio de Janeiro para pedir desculpas ao dono de uma empresa que vende carrocerias para carretas equipadas com materiais médicos e também hospital de campanha, que seria comprado pelo Estado. O pedido de desculpas, autorizado pelo governador Confúcio Moura, se deve ao fato do major Gualberto ter feito gravações (não se sabe se autorizadas pela justiça) entre o empresário e o então secretário-adjunto de Saúde, José Batista da Silva, que está preso. As gravações do major foram feitas sem o conhecimento de Confúcio.

A conversa entre o enviado de Confúcio (o assessor Rômulo) e o empresário, sócio de Eike Batista, foi “meio puxada”. A viagem de Rômulo ao Rio foi para pedir desculpas pelas gravações do major Gualberto.

Ao falhar o esquema da venda do hospital de campanha para o Governo, o assessor de Confúcio foi recebido pelo empresário. Mas a recepção não foi boa.

“Na hora que eu entrei lá o cara..Vai tomar no seu cu, pra.... não dependo dessa porra desse governo, vai todo mundo pra puta que pariu, são um bando de filha da puta..falou, falou, falou, falou”, diz Rômulo ao telefone.

A recepção inamistosa se deu porque, além do negócio criminoso ter sido frustrado, o empresário descobriu que o major Gualberto gravou um de seus emissários numa negociata com José Batista. Gualberto gravou o emissário e disse: “perdeu playboy, te gravei”.

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