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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Rondônia é destaque no Jornal Nacional: ribeirinhos soltam 20 mil filhotes de tartarugas em rios da Amazônia



No projeto de preservação desenvolvido na fronteira do Brasil com a Bolívia, moradores são treinados pra cuidar das tartarugas da região.

O Jornal Nacional acompanhou um projeto de preservação desenvolvido na fronteira do Brasil com a Bolívia, no estado de Rondônia. Moradores ribeirinhos são treinados pra cuidar das tartarugas da região.

Os repórteres Maríndia Moura e Hélio Santiago acompanharam a soltura de milhares delas na Amazônia boliviana.

Água e muito verde. O Vale do Guaporé fica na fronteira de Rondônia com a Bolívia. A equipe esteve no Rio Branco, na Amazônia boliviana e percorreu pelo menos 6 horas de lancha, a uma velocidade de 50 quilômetros por hora.
Um lugar onde a biodiversidade encanta. Chegamos a Bella Vista, Distrito de Madalena, no Departamento do Beni. Os moradores logo aparecem para ver as estrelas: três barcos abarrotados de tartarugas e tracajás, uma espécie de tartaruga da Amazônia.

Antes de serem soltos, os recém-nascidos ficam alguns dias para ganharem mais resistência. Já que são alvos fáceis.

Por causa dos predadores naturais, peixes e aves, de cada mil tartarugas e tracajás recém- nascidos, apenas um sobrevive. Mas quando são soltos, um pouco maiores, com 22 dias de vida, as chances de chegarem a idade adulta aumentam para 15%.

Nesta viagem, 20 mil foram devolvidos a natureza. E outras 80 mil ainda serão soltos nos rios brasileiros e bolivianos na próxima semana.

Entre milhares de tartarugas e tracajás, uma é especial. A primeira albina encontrada em 13 anos de trabalho. Ela não foi analisada por nenhum especialista para saber por que ela nasceu assim, mas os moradores acreditam que ela vai crescer e se desenvolver normalmente.
Outra raridade: a cangapara, espécie em extinção. Foi dizimada pelo próprio ribeirinho por causa de uma lenda.

“Existe uma lenda no Guaporé de que a mordida da cangapara não tem cura e faz com que algumas pessoas que ainda não têm um esclarecimento sobre isso matem a cada vez que encontrem uma cangapara”, explica Zeca Lula, presidente do Ecovale .

Zeca Lula nasceu no Vale do Guaporé, um ambientalista apaixonado, diz que aprendeu a preservar com a mãe. Ele é o responsável pelo projeto Quelônios do Guaporé e pela conscientização dos ribeirinhos. São eles que acompanham a desova e o nascimento das tartarugas.

“A gente comia qualquer uma. Depois que chegou o projeto nós entramos no trabalho, gostamos e aí começamos a preservar”, conta o morador Elton Calazan.

A natureza agradece. E agora fica por conta dela o destino das pequenas nadadoras.

Em 2011, cerca 2,8 milhões de tartarugas e tracajás foram soltos nos rios da região.


Autor: Jornal Nacional

Imagem: Internet

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