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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Arqueólogos desmentem teoria do fim do mundo em 2012


Descoberta do mais antigo calendário maia descarta teoria de o que o mundo vai acabar no dia 21/12/2012

A descoberta de um novo calendário maia por arqueólogos dos EUA descartou a tão anunciada teoria do fim do mundo para este ano. O calendário, que data do século IX, foi encontrado durante escavações realizadas na cidade de Xultún, na Guatemala.

Trata-se do calendário maia mais antigo documentado até hoje. De acordo com o arqueólogo William Saturno, chefe da expedição, não há qualquer evidência de que o fim do mundo acontecerá neste ano. Essa teoria se baseava nos 13 ciclos do calendário maia, conhecidos como “baktun”, unidade de tempo que equivale a 144 mil dias, o que corresponderia ao último dia de 2012.

Outro arqueólogo que faz parte dos trabalhos, David Stuart, ressalta que “na parede vemos 17 baktuns, o que vai muito além de 2012”. Ainda segundo Stuart, “é importante entender que os maias viam os calendários como ciclos. O final de um baktun é um período importante, não um fim”.


Em busca da harmonia

A parede onde foi encontrado o calendário contém hieróglifos e uma série de cálculos que corresponderiam ao ciclo lunar. Acredita-se que o objetivo desses calendários era buscar a harmonia entre as mudanças celestes e os rituais sagrados.

Os pesquisadores ainda não sabem se o local era uma casa ou um local de trabalho, e se era usado por uma ou por várias pessoas.


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O calendário documenta ciclos lunares e o que poderiam ser planetários, explicaram em entrevista coletiva os arqueólogos William Saturno, da Universidade de Boston, e David Stuart, da Universidade do Texas-Austin.

A descoberta, que será publicada nesta semana pela revista Science, desmonta a teoria dos que preveem o fim do mundo em 2012 baseando-se nos 13 ciclos do calendário Maia, conhecidos como "baktun", já que o sistema possui, na verdade, 17 "baktun".

"Isto significa que há mais períodos que os 13 (conhecidos até agora)", ressaltou Stuart, para quem o conceito foi "manipulado".

Ele disse que o calendário Maia continuará com seus ciclos por mais milhões de anos. Os hieróglifos pintados no que poderia ser um templo da megacidade de Xultún, na região guatemalteca de Petén, é vários séculos mais antigo que os Códices Maias escritos em livros de papel de crosta de árvore do período Pós-clássico tardio.

Os especialistas destacam que há glifos e símbolos que, segundo Stuart, só aparecem em um lugar: o Códice de Dresden, que os maias escreveram muitos séculos mais tarde" e que se acredita ser do ano 1.250. "Nunca tínhamos visto nada igual", assinalou Stuart, professor de Arte e Escritura Mesoamericana, encarregado de decifrar os glifos. Ele destacou que se trata das primeiras pinturas maias encontradas nas paredes de um habitáculo.

O quarto, segundo os especialistas, faz parte de um complexo residencial maior. Os pesquisadores lamentam que parte do quarto tenha sido danificada por saqueadores, mas foi possível conservar várias figuras humanas pintadas e hieróglifos negros e vermelhos. Em uma delas aparece a figura do rei com penas azuis e glifos perto de seu rosto que, segundo decifraram, significam "Irmão Menor".


A parede contém uma série de cálculos que correspondem ao ciclo lunar, enquanto os hieróglifos da parede norte acreditam que poderiam se relacionar com os ciclos de Marte, Mercúrio e, possivelmente, Vênus.

Os autores indicam que o objetivo de elaborar esses calendários, segundo os estudos realizados a partir dos códices maias encontrados previamente, era o de buscar a harmonia entre as mudanças celestes e os rituais sagrados, e acreditam que essas pinturas poderiam ter tido o mesmo fim.

"Pela primeira vez vemos o que podem ser registros autênticos de um escrivão, cujo trabalho consistia em ser o encarregado oficial de documentar uma comunidade maia", assinalou Saturno. Em sua opinião, parece que as paredes teriam sido utilizadas como se fossem um quadro-negro para resolver problemas matemáticos.

De acordo com os cientistas, poderia se tratar de um lugar onde se reuniam astrônomos, sacerdotes encarregados do calendário e algum tipo de autoridade, pela riqueza na decoração das pinturas nas paredes, que também utilizaram para fazer suas anotações.

A pesquisa continua aberta para determinar que tipo de quarto se trata, se era uma casa ou um habitáculo de trabalho e se era utilizado por uma ou várias pessoas.

"Ainda nos resta explorar 99,9% de Xultún", lembrou Saturno, que afirmou que a grande cidade maia descoberta em 1915 proporcionará novas descobertas nas décadas vindouras.



Terra

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