Valter Araujo é apontado como o chefe da quadrilha, os deputados; Epifania , Ana da Oito , Zequinha Araújo ,Euclides Maciel , Fávio Lemos, Saulo Moreira e Jean Oliveira são citados como suportes da quadrilha.
O deputado Valter Araújo (PTB-Porto Velho) é apontado como o chefe da quadrilha que desviava recursos públicos. Epifania Barbosa (PT-Porto Velho), Ana da Oito (PT do B-Nova Mamoré), Zequinha Araújo (PMDB-Porto Velho), Euclides Maciel (PSDB-Ji-Paraná), Fávio Lemos (PR-Porto Velho), Saulo Moreira (PDT-Ariquemes) e Jean Oliveira (PSDB-Porto Velho) são citados como parlamentares que davam suporte à quadrilha.
O CPP não investiga propriamente quanto os deputados receberam de propina. É apurado se houve ou não quebra de decoro parlamentar. O relatório elaborado por Edson Martins deixa bem claro que todos os oito quebraram o decoro. A diferença seria que alguns receberam R$ 60 mil e outros mais de R$ 1 milhão.
O peso maior do relatório é em relação a Valter Araújo, apontado como chefe de quadrilha, e das deputadas Epifânia Barbosa e Ana da Oito, que confessaram ter recebido dinheiro. Os demais indiciados não confessaram, mas as evidencias apresentadas nos processos judiciais movidos pelo Ministério Público são muito fortes.
O relatório de Edson Martins cita, por exemplo, que Epifânia Barbosa recebeu no dia 10 de junho de 2011 uma caixa contendo R$ 60 mil reais, enviadas por Valter Araújo. Cita, também, que entre o final de julho e o início de agosto ela recebeu mais R$ 30 mil do deputado Valter Araújo, desta vez em um envelope. O dinheiro teria sido repassado pelo ex-assessor da Assembleia Legislativa, Everson Souza Bonfa, o “Goteira”.
Cita ainda que a deputada Ana da Oito teria cobrado o deputado Valter Araújo através de mensagem telefonica, e que depois disso R$ 20 mil foram depositados na conta do marido dela. O fato foi admitido pela própria parlamentar em depoimento prestado à Polícia Federal.
Na parte em que trata de Flávio Lemos, o relatório cita trechos do depoimento dele à Polícia Federal, como a parte em que é perguntado a ele pela Polícia Federal onde deputados “estariam mordendo”, deixando Ana da Oito de fora. Em seu depoimento, Flávio Lemos não soube explicar a razão de ter encaminhado mensagem telefonica a Valter Araújo dizendo estar com saudades do Rafael, e “se for preciso falo com seu menino”.
Rafael seria Rafael Santos Costa, que também foi interrogado pela Polícia Federal. Ele é o ex-assessor da Assembleia Legislativa que confessou ter entregue dinheiro a deputados, a mando de Valter Araújo.
Consta ainda no relatório que Rafael contou ter entregue dinheiro em um envelope no dia 21 de julho de 2011 para a mãe do deputado Jean Oliveira, e que ela não perguntou do que se tratava.
O relatório foi oficialmente entregue em reunião da CPP na manhã desta quinta-feira. Será lido na reunião marcada para o próximo dia 22, no plenarinho, quando os advogados dos investigados deverão apresentar defesa oral. Depois disso, os membros da CPP votarão que penalidade cabe a cada acusado.
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