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terça-feira, 16 de julho de 2013

Mudanças climáticas podem causar extinção de peixes na Amazônia

O alerta é do biólogo e diretor do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), Adalberto Val, durante a segunda edição do Congresso de Iniciação Científica do Inpa, na ultima segunda-feira (15), em Manaus.

Alteração na estrutura biológica dos animais, desorientação durante migração e queda no índice de reprodução levando espécies à extinção são algumas das consequências das variações climáticas nos peixes da Amazônia. O alerta é do biólogo e diretor do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), Adalberto Val, durante a segunda edição do Congresso de Iniciação Científica do Inpa, na ultima segunda-feira (15), em Manaus.
Diferenças drásticas de temperatura podem afetar índice de reprodução de peixes. Foto: Chico Batata/ Agecom-AMDiferenças drásticas de temperatura podem afetar índice de reprodução de peixes. Foto: Chico Batata/ Agecom-AM
Val é coordenador do Laboratório de Ecofisiologia e Evolução Molecular do Inpa e, desde 1981, estuda respiração e adaptação dos peixes da Amazônia às modificações do meio ambiente. Ele explicou que várias espécies de peixes da região já experimentaram níveis altos de dióxido de carbono e, teoricamente, têm resistência às variações climáticas. "É muito provável que essas espécies tenham conservados em seus genomas adaptações para sobreviver a essas variações.

Mas, hoje as mudanças estão acontecendo de forma muito rápida e eles não conseguem efetuar as adaptações necessárias".

Além das mudanças biológicas e físicas no habitat, o biológo disse acreditar que outros efeitos adversos podem afetar espécies amazônicas de peixes. "A diminuição da taxa reprodutiva é outra grande preocupação. Esse fator pode trazer a extinção de uma determinada espécie. Por isso, precisamos estudar e conhecer os efeitos intensos das mudanças climáticas", afirmou o diretor do Inpa.

Para entender como funciona o processo de adaptação de peixes, o instituto desenvolve o projeto de Adaptações da Biota Aquática da Amazônia (Adapta). O trabalho começa com incubação de várias espécies em salas especiais, chamadas de microcosmos, que são responsáveis por simulação de condições ambientais. "Estudamos como as espécies se comportam nos microcosmos, a partir de três tipos de ambientes: brando, intermediário e drástico - cada um com uma temperatura diferente".

A equipe do Adapta estuda o comportamento de tambaquis, algumas espécies de peixes ornamentais e mosquito-prego (Anopheles) - responsável por propagar doenças tropicais. "É necessário pesquisar e conhecer os transtornos causados pelas mudanças. Cada vez mais os peixes estão sensíveis a essas mudanças", avisou o pesquisador. Ele disse, ainda, que outras substâncias como petróleo e cobre também são responsáveis por alterações nos peixes. "São produtos que interferem diretamente com os processos de expressão genética das espécies da região".

Fonte: portalamazonia.com

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