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domingo, 11 de março de 2012

Brasileiros protestam contra energia nuclear



Manifestações relembram um ano do acidente na usina de Fukushima, no Japão, atingida por tsunami



Um ano depois do acidente na usina nuclear de Fukushima, no Japão, ativistas antinucleares de 17 países realizaram hoje uma corrente humana em mais de cem cidades. No Brasil, várias cidades promoveram atos.

No Rio de Janeiro, a mobilização ocorreu em Ipanema, na zona sul da capital, e reuniu cerca de 40 pessoas. Alguns manifestantes tinham os rostos pintados de caveiras em alusão às mortes causadas por acidentes nucleares, como o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, quando mais de 4.000 pessoas foram contaminadas e dezenas morreram.

Além do Rio de Janeiro, ocorreram manifestação em São Paulo (SP), Manaus (AM), Caetité (BA), Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), João Pessoa (PB) e Recife (PE). Angra dos Reis, que possui duas usinas nucleares, também foi palco de protestos.

Críticas

“Em vários países está havendo uma revisão da política energética. Na Alemanha, por exemplo, fecharam usinas e desistiram de construir novas. Queremos mobilizar a sociedade e pressionar o Congresso brasileiro para não aprovar as futuras usinas que o governo quer construir no Nordeste”, defendeu Pedro Torres, coordenador da campanha de clima e energia da organização não governamental Greenpeace no Brasil.

“Temos sol, vento e biomassa de sobra e não precisamos dessa energia suja que gera lixo atômico”, diz ele.

O grupo reúne assinaturas em todo o país para um projeto, a ser apresentado ao Congresso, pedindo o fechamento das usinas nucleares Angra 1 e 2, a suspensão das obras de Angra 3 e a desistência das usinas programadas para serem criadas no Nordeste.



Angra

Em Angra do Reis (RJ), as manifestações começam na noite de ontem, com vigília nas usinas Angra 1 e 2. “Este é um ato em memória do acidente, mas também para cobrar medidas concretas em relação aos problemas relativos ao plano de emergência no caso das usinas de Angra e fazer uma campanha para que o mundo deixe de utilizar energia nuclear”, disse o representante da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica (Sape), Rafael Ribeiro.

Segundo ele, a Comissão Nacional dos Trabalhadores em Energia Nuclear faz uma série de críticas sobre a necessidade de atualização tecnológica dos reatores das usinas de Angra. “Além disso, a Rodovia Rio-Santos, que é nossa principal rota de fuga, tem dezenas de pontos de deslizamento de terras. O hospital de Praia Brava, que é referência, fica tão próximo do reator que em caso de acidente terá de ser evacuado”.

Cerca de 2% da matriz energética brasileira vêm das usinas nucleares. A principal fonte de energia, gerada por usinas hidrelétricas, responde por 66,91% da capacidade instalada do país. O restante é formado por 1,22% de eólicas, 0,18% das centrais geradoras, 26,67% de termelétricas e 3,3% de pequenas centrais hidrelétricas.



Da Redação, com Agência Brasil
Ilustração: Internet


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