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terça-feira, 3 de abril de 2012

Onze são presos após incêndio de alojamentos em Jirau, diz secretário - Video


Polícias Civil e Militar devem reforçar Santo Antônio de forma preventiva.
Secretaria da Segurança de Rondônia diz que não vai chamar exército.


Onze pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (3) suspeitos de participação no incêndio de parte dos alojamentos da usina de Jirau, em Rondônia, informou o secretário de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) do estado, Marcelo Nascimento Bessa.

Na madrugada desta terça (3), um grupo ateou fogo em alojamentos da usina de Jirau, destruindo completamente 36 das 57 habitações da margem direita do rio Madeira. O corpo de bombeiros informou que chegou à 1h no local e que fogo atingiu apenas alojamentos e já havia sido extinto. O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil do Estado de Rondônia (Sticcero) nega ligação com os manifestantes. ”São pessoas que não aceitaram o acordo, esse grupo não queria voltar a trabalhar”, disse Raimundo Enelson, representante do sindicato ao G1.

Após deliberação nesta manhã, a Sesdec decidiu por não chamar o exército para o canteiro de Jirau. "Mas vamos incrementar o efetivo da Força Nacional", disse o secretário.

O órgão também decidiu por aumentar o efetivo das Polícias Civil e Militar na usina de Santo Antônio como forma de prevenir possíveis atos de vandalismo no local. "Santo Antônio é responsável por 20% da energia de Rondonia e do Acre", informou Bessa.

O secretário afirma que 25% dos alojamentos sofreram danos. Para o secretário, “tudo indica que há uma briga entre sindicatos, com conotação política”.


Evacuação de funcionários

Segundo o secretário, os trabalhadores da usina de Jirau estão sendo evacuados para Porto Velho de forma voluntária. O transporte é realizado pela Camargo Corrêa, que também se responsabiliza pela "alimentação e alojamento provisório em Porto Velho", informou a companhia em nota. Ainda segundo a empresa, aproximadamente 7 mil trabalhadores moram no canteiro de obras e cerca de 3 mil decidiram deixar o local.

Em Porto Velho, os trabalhadores passam por uma triagem em que optam se querem pedir dispensa ou não, e, caso queiram, recebem transporte para a residência, informa Bessa.


Grupo ateou fogo a alojamentos

Manifestantes atearam fogo a alojamentos no canteiro da usina de Jirau, em Rondônia, na noite desta segunda-feira (2), segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado. De acordo com o órgão, o incêndio começou às 21h e, às 3h30 desta terça (3), todas as delegacias de Porto Velho foram acionadas para investigar o ocorrido, segundo a secretaria.

Segundo o representante do sindicato, 37 alojamentos, de um total de mais de cem, foram queimados. Ainda segundo o representante, havia gente trabalhando no momento. “Alguns perderam tudo, quando voltaram [do turno], viram tudo queimado”, afirmou.

A Camargo Corrêa chamou de "atos de vandalismo" as ações e reforçou que as pessoas que fizeram as queimas não estavam organizadas. Em nota enviada ao G1, disse que "os prejuízos materiais ainda não podem ser avaliados" e estimou em "cerca de 30" o número de alojamentos queimados.


Paralisação

As usinas de Jirau e Santo Antônio encerraram, nesta segunda-feira (2), a paralisação no canteiro após acordo entre o sindicato e o consórcio. O movimento havia sido iniciado no começo do mês passado e chegou a fazer com que o governo deixasse a Força Nacional de Segurança de prontidão para prevenir tumultos como os do ano passado, quando alojamentos foram queimados no canteiro de Jirau.


Saiba mais

As duas usinas estão entre os principais projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Santo Antônio terá potência total de 3.150 megawatts (MW) e Jirau, de 3.750 MW.

Em Jirau, a parada começou com a manifestação de alguns trabalhadores de uma empresa contratada que pediam aumento de salários e outros nove itens, entre eles cinco dias de folga a cada 70 dias trabalhados (atualmente, a folga é a cada 90 dias corridos de trabalho), aumento do valor da cesta básica de R$ 170 para R$ 350, plano de saúde gratuito extensivo a familiares, aumento de periculosidade e insalubridade e disponibilidade de um médico ginecologista no posto de saúde do canteiro de obras.

A parada das atividades principais nos canteiros foi recomendada pelos consórcios responsáveis pelas obras civis das usinas, lideradas por Camargo Corrêa no caso de Jirau e Odebrecht em Santo Antônio, para garantir a segurança dos trabalhadores, segundo as empresas.

No dia 22 de março, a Justiça do Trabalho declarou abusiva e ilegal a greve nas obras da usina hidrelétrica de Santo Antônio, e determinou o retorno imediado dos operários ao trabalho, sob pena de multa de R$ 200 mil contra o Sticcero. A greve em Jirau também já tinha sido declarada ilegal uma semana antes.






G1
Video: YouTube/RONDONIAGORA e a ALLTVAMAZÔNIA

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