Policia Civil prende quatro suspeitos de envolvimento no desaparecimento e execução da família de Monte Negro RO

Para a polícia, família foi executada no dia do desaparecimento. Interesse nos bens seria o motivo do crime, diz delegado.

Na madrugada desta sexta-feira (14) a Polícia Civil (PC) de Ariquemes, RO, prendeu quatro suspeitos de envolvimento no desaparecimento e execução da família de Monte Negro, RO. O casal Agnaldo da Silva Gonzales, Gleiciane do Amaral Teotoni e o filho de 5 anos Matheus do Amaral Gonzales foram vistos pela última vez no dia 29 de julho. Para a polícia, a família foi morta no mesmo dia em que foi registrado o desaparecimento, o interesse pelos bens seria a motivação do crime.

Depois de 47 dias de investigações após o desaparecimento da família, a PC prendeu João Luiz de Souza, o 'Luizão', acusado de ser o mandante do crime; seu filho, Fabiano Andreotti de Souza, o 'Polaco', acusado de planejar e executar a família; Dione Henrique de Souza, o 'Di', acusado de auxiliar Fabiano e José Aparecido de Oliveira, o 'Zé Badocha', que mantinha contato com 'Neguinho', este também tem participação no crime, segundo a PC, mas está foragido.

De acordo com o delegado Ricardo Rodrigues, a família deve ter sido morta no dia foi registrada como desaparecida. O interesse pelos bens da vítima, Agnaldo da Silva Gonzales, teria motivado o crime, segundo o delegado.

Ricardo explica que após a execução, 'Neguinho' se passou pela vítima, Agnaldo da Silva Gonzales utilizando uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsa. Com o documento falso, 'Neguinho' tentou no dia 31 de julho, no cartório de notas e registro civil de Ariquemes, reconhecer firma das assinaturas a fim de transferir os dois sítios, cerca de 400 cabeças de gado, uma moto e um carro, para 'Luizão'. A funcionária do cartório desconfiou da foto da CNH apresentada e pediu outro documento, mas 'Neguinho' não voltou mais ao cartório.

A PC está interrogando os criminosos em Monte Negro e fazendo buscas para para encontrar os corpos da família. Para o delegado regional, Sebastião Pereira, o crime está esclarecido. “Todos os indícios apontam para estas quatro pessoas”, enfatiza o delegado.


G1 RO