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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Médicos sem título de especialista somam 180 mil no país, diz CFM

Para o presidente do CFM, Roberto Luiz d'Avila, "cabe ao governo proporcionar um sistema formador em condições de atender essa demanda reprimida e os futuros egressos das escolas.


Dados divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) apontam que dos 388.015 médicos em atividade no Brasil, 54% têm uma ou mais especialidade. Os outros 180.136 profissionais, 46% do total, não têm titulo de especialista emitido por sociedade de especialidade ou obtido após conclusão de residência médica.

De acordo com estudo Demografia Médica - volume 2, este dado insere um elemento preocupante para a assistência levando-se em conta a deterioração da qualidade do ensino médico e a falta de vagas nas residências médicas para todos os egressos dos cursos de graduação.

Segundo divulgou o CFM, excluindo-se os médicos mais jovens, que ainda não ingressaram ou não concluíram seus cursos de especialização, e os mais velhos, que desistiram de tentar vagas em residência ou não se submeteram aos atuais mecanismos de especialização, restam 88.000 médicos sem título. Este contingente, com idades que variam de 30 a 60 anos são os mais prejudicados pelas deficiências no acesso à residência médica.

Para o presidente do CFM, Roberto Luiz d'Avila, "cabe ao governo proporcionar um sistema formador em condições de atender essa demanda reprimida e os futuros egressos das escolas. Todos devem ter a possibilidade de aperfeiçoar sua formação, o que resultará em benefícios diretos para o paciente e a sociedade", diz.

O presidente da entidade acredita ainda que não adianta apenas criar vagas em cursos de medicina, mas se deve assegurar uma estrutura de pós-graduação em número e qualidade suficientes, concordando com as conclusões apresentadas. "Ao terem acesso ao aprimoramento e atualização - por meio de uma política de educação continuada dirigida a eles - ou mesmo à especialização tardia, estes profissionais poderiam suprir carências localizadas do sistema de saúde, inclusive na atenção primária", revela o estudo.

Ainda de acordo com o CFM, no cenário atual, como inexistem vagas de residência médica para todos, parte desses jovens médicos poderá permanecer por muito tempo ou por toda a vida profissional sem especialização.

Isaude.net


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