quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Enchente em Ji-paraná. dez bairros atingidos e famílias se negam a sair de suas residencias - FOTOS
Mais de dez bairros já estão com ruas alagadas em consequência do alto nível das águas dos rios, Machado e Urupá que tem seus respectivos percursos no perímetro urbano do município. Além disso, muitas famílias se negam em sair de suas respectivas residências, afirmando não correr perigo algum de acidentes. A informação foi prestada na manhã de ontem pelo tenente bombeiro militar, Jorge Nascimento. Nesta quarta-feira o nível do rio Machado atingia a marca de 10,67m.
Defesa Civil
Coordenado pelo Corpo de Bombeiros os trabalhos da Defesa Civil de Ji-Paraná para os casos considerados emergenciais, já teve início. Segundo o tenente BM, Jorge Nascimento todos os dias, em dois períodos uma equipe monitora o nível da água do rio Machado, tendo á última anotação registrada 10,67m, ou seja, faltando apenas 33cm para atingir o limite de 11 metros, considerado crítico. “Infelizmente as previsões meteorológicas não são satisfatórias para os próximos dias em nossa região, em especial, as cabeceiras dos rios, Urupá e Machado localizadas em Cacoal e Pimenta Bueno”, lamentou.
Estrutura
Caso haja a necessidade de atendimento emergencial, Jorge Nascimento garantiu que a Defesa Civil coordenada pelo Corpo de Bombeiros e composta por vários órgãos, entre elas, as secretarias de Saúde, Assistência Social, Obras e Esportes/Lazer possui toda uma infraestrutura montada como 55 bombeiros militares, três barcos motorizados, um sem motor, um Jet Ski e uma lancha motorizada, além de vários veículos de órgãos do município, estado e de empresas privadas, casos sejam acionadas. “Esperamos não ser necessário a utilização dessa estrutura, mas garantimos que estamos bem equipados”, afirmou.
Famílias não querem sair
Os bairros mais atingidos pelas cheias dos rios, Machado e Urupá em Ji-Paraná são: Duque de Caxias, Primavera, São Francisco, Dom Bosco, Urupá, Casa Preta, Vila Jotão, Novo Urupá, parte do bairro Centro do primeiro distrito e parte do Novo Ji-Paraná.
Para o Corpo de Bombeiros, o maior desafio é convencer famílias só conseguem sair dos seus imóveis de barco, deixar suas respectivas casas. Muitos têm medo da ação dos vândalos e ladrões. “Prefiro ficar com a aguar na beira da porta que deixar a casa sem ninguém”, declarou Marcos Oliveira, comerciário morador da rua, Sete de Setembro do bairro, Urupá. O carro dela já não pode ser retirado da garagem. “Quero acreditar que este ano o nível não mais que os 10,80m”
Outra que só sai de casa de barco é Ângela Maria, de 47 anos. Ela mora com o esposo no mesmo endereço há de seis anos, e disse não ter medo da enchente do rio, Urupá. “Não podemos sair. A casa é muito alta e segurança. Acho que o nível da água não irá subir mais que isso” disse otimista Ângela Maria.
Semosp
Ontem, por telefone, o diretor da secretaria de Obras e Serviços Públicos (Semosp), Crispim Reis informou que a municipalidade estar atentar para o período de cheias dos rios, Machado e Urupá. Outra preocupação do diretor é com a área rural, onde muitas estradas estão com o tráfego de veículos prejudicados, e com isso também, prejudicando o escoamento da produção. “O secretário, Assis Canuto já determinou alerta total no sentido de o atendimento ser feito nos dois setores, através de equipes formadas com toda a estrutura necessária”, concluiu.
Fotos
Matéria/fotos:
Diário da Amazônia
www.centralrondonia.com.br
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