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terça-feira, 1 de maio de 2012

Vídeo mostra envolvimento de Policiais Federais com grupo de Cachoeira


Vídeos inéditos gravados pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo mostram as ligações do grupo de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com policiais acusados de corrupção e acompanham até mesmo um suposto pagamento de propina dentro de uma igreja.

A Folha de S. Paulo teve acesso às imagens da atuação da quadrilha gravadas pelos investigadores. Até então com prestígio na PF, o delegado federal Fernando Byron caiu nas lentes da investigação, que o aponta como informante de Cachoeira.

No dia 3 de maio de 2011, Byron prometeu assumir ele mesmo uma ação a ser realizada pela PF de Anápolis, bem como ficar monitorando a operação com a intenção de que só fossem alvos os pontos de jogo indicados por Cachoeira.

No dia seguinte, Byron e Cachoeira voltam a se falar e marcam um encontro para trocar informações. “E aí, guerreiro!”, diz o delegado. “Vamos agora? Eu tô indo pra lá”, responde Cachoeira.

A PF filmou Byron. Ele saiu do seu Carro e entrou no de Cachoeira. A PF usou o vídeo para provar a relação entre os dois. “A equipe acompanhou o encontro. Byron estacionou o veículo Ford/Fiesta de cor Prata (...) e permaneceu até a chegada de Carlinhos Cachoeira”.

Outro que caiu nas lentes da PF foi o agente Anderson Drumond, que era o chefe da Divisão de Serviços Gerais da PF, órgão constantemente demandado para prestar apoio logístico às operações, com o fornecimento de viaturas e caminhões. “Portanto, recebendo informações antecipadas de datas e locais onde ocorrerão atuações policiais”, diz um relatório da própria PF.

Segundo a investigação, Anderson tinha a função de informar o grupo sobre operações e recebia pagamentos de Lenine, braço-direito de Cachoeira.

No dia 6 de junho de 2011, a PF filmou Anderson recebendo Lenine na sede da própria PF, em Brasília. A polícia também acompanhou o encontro de Lenine e Anderson em uma padaria no entorno de Brasília.

Em outra ocasião, a PF seguiu uma operação montada pela quadrilha de Cachoeira para retirar máquinas caça-níquel que estavam apreendidas no Centro Integrado de Segurança Pública (Ciops) de Águas Lindas.

Pagando propina a policiais, Cachoeira recuperou seu ganha-pão. O vídeo da polícia mostra dois homens carregando um caminhão, que depois leva as máquinas para um depósito.

Os policiais também seguiram a ex-servidora da Prefeitura de Luziânia Sônia Regina de Melo, apontada como outra informante do grupo. Um dos encontros para a possível entrega de propina foi marcado na igreja.

Em janeiro de 2011, Regina perguntou a José Olímpio Queiroga Neto, um dos chefes do grupo de Cachoeira, se ele iria mandar o “negócio” para ela. No dia 18, Olímpio pergunta para seu contador se ele tem algum dinheiro e ouve como resposta que vai levar o que “é da loira hoje”.

Poucos minutos depois, o contador avisa a Olímpio que conseguiu os R$ 6,6 mil da “loira” (Regina). A PF seguiu Regina e a filmou entrando na igreja.

Regina é a mesma que em outra interceptação telefônica disse que usaria dinheiro, segundo a PF de propina, para uma “geral” no corpo, com “lipos” e silicone.


Veja o Video da TV Folha:






(Folha Online)


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